Agricultura entra na pauta dos debates da ONU sobre mudanças climáticas
A 23ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, a COP23, entrará para a história das negociações sobre como combater o aquecimento global. Pela primeira vez, a agricultura foi formalmente reconhecida como atividade emissora de gases do efeito estufa e incluída nos debates sobre a implementação do Acordo de Paris. A ampliação das discussões foi elogiada pelo Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (FIDA), que defendeu a adoção de modelos sustentáveis de produção pelo setor agrícola.
A 23ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, a COP23, entrará para a história das negociações sobre como combater o aquecimento global. Pela primeira vez, a agricultura foi formalmente reconhecida como atividade emissora de gases do efeito estufa e incluída nos debates sobre a implementação do Acordo de Paris. A ampliação das discussões foi elogiada pelo Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (FIDA), que defendeu a adoção de modelos sustentáveis de produção pelo setor agrícola.
Com práticas responsáveis e investimento em tecnologia, a agricultura conseguiria reduzir em 6% o seu volume de emissões de gases do efeito estufa — o que, segundo o FIDA, contribuiria substancialmente para manter o aquecimento global abaixo dos 2º C, tal como previsto pelo Acordo de Paris. As deliberações da COP23 sobre agricultura determinam a realização de estudos que deverão ser concluídos em 2020, para orientar as decisões da COP26.
O FIDA já havia se pronunciado a favor da inclusão da agricultura na pauta da Conferência das Partes, alegando a necessidade de proteger comunidades de agricultores familiares e de pequenos produtores em zonas costeiras que dependem da pesca. Esses grupos são mais vulneráveis às mudanças climáticas, sobretudo por sua dependência de recursos naturais. O posicionamento do FIDA também cobra dos países que tomem medidas para reduzir a pegada de carbono de seus respectivos setores agrícolas.